A bexiga caída, conhecida cientificamente como prolapso de parede anterior ou cistocele, é uma condição caracterizada pelo deslocamento da bexiga urinária em direção à vagina devido ao enfraquecimento ou à ruptura dos músculos e ligamentos que a sustentam. Esse problema é muito comum em mulheres e que tem um impacto na redução da qualidade de vida.
Neste artigo, exploraremos detalhadamente as causas, consequências, opções de tratamento e a importância do acompanhamento ginecológico especializado.
Dra. Ully Cunha






Causas da Bexiga Caída
A cistocele geralmente ocorre devido a um enfraquecimento do assoalho pélvico. Este enfraquecimento pode ser causado por:
- Gravidez e parto vaginal
O parto, especialmente em casos de bebês grandes ou múltiplos, pode causar danos significativos aos músculos e ligamentos pélvicos. A força empregada durante o trabalho de parto aumenta o risco de cistocele. - Envelhecimento
Com o avanço da idade, há uma perda natural da elasticidade e do tônus muscular, afetando o suporte do assoalho pélvico. - Menopausa
A redução nos níveis de estrogênio durante a menopausa contribui para o enfraquecimento dos tecidos que sustentam a bexiga. - Pressão crônica no abdome
Condições como obesidade, tosse crônica (decorrente de doenças respiratórias), constipação severa ou levantamento excessivo de pesos podem gerar pressão na região pélvica. - Cirurgias na região pélvica
Intervenções como a histerectomia podem alterar a anatomia e comprometer a estabilidade dos órgãos pélvicos.

Consequências da Bexiga Caída
A gravidade da cistocele pode variar de leve a severa, influenciando diretamente os sintomas e as consequências para a saúde da mulher. Entre os efeitos mais comuns, destacam-se:
- Dificuldade em urinar
Pode ocorrer uma sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, levando a infecções urinárias recorrentes. - Dor ou Desconforto
Mulheres com cistocele frequentemente relatam desconforto na região pélvica, que pode piorar ao permanecer em pé por longos períodos. - Impacto na Vida Sexual
Algumas mulheres podem sentir dor ou pressão durante a relação sexual, o que pode levar a um impacto negativo na vida íntima. - Prolapso Vaginal Visível
Em casos graves, a parede da bexiga pode sair da abertura vaginal, causando constrangimento e dificuldades adicionais.
Tratamentos para a Bexiga Caída
O tratamento depende da gravidade da condição e do impacto na qualidade de vida da paciente. As opções incluem:
1. Abordagens Não Cirúrgicas
- Fisioterapia do Assoalho Pélvico
Exercícios como os de Kegel ajudam a fortalecer os músculos pélvicos e são particularmente eficazes em casos leves. - Dispositivos de Suporte (Pessários)
Inseridos na vagina, os pessários oferecem suporte estrutural à bexiga, aliviando sintomas. - Mudanças no Estilo de Vida
Perda de peso, gestão de constipação e evitar levantamento de pesos podem reduzir a pressão na região pélvica.
2. Tratamentos Cirúrgicos
- Colpoplastia anterior
Cirurgia reconstrutiva que reposiciona e fixa a bexiga, restabelecendo sua anatomia habitual.
3. Terapias Hormonais
Em mulheres no climatério, o uso de terapia hormonal pode ajudar a melhorar a força dos tecidos vaginais e prevenir maiores problemas.
Acompanhamento e Prevenção
O acompanhamento regular com uma uroginecologista é essencial para avaliar a eficácia do tratamento e prevenir complicações. Além disso, algumas medidas preventivas podem reduzir o risco de cistocele:
- Exercícios do assoalho pélvico
Manter a musculatura pélvica fortalecida ao longo da vida ajuda a prevenir problemas futuros. - Controle de peso
Reduzir o excesso de peso diminui a pressão sobre o assoalho pélvico. - Evitar constipação crônica
Consumir uma dieta rica em fibras e hidratar-se adequadamente previne esforço excessivo ao evacuar. - Técnicas adequadas para levantar pesos
Usar a força das pernas em vez da região lombar ou abdominal.

Considerações Finais
A cistocele é uma condição tratável que, com diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado, pode ser gerida eficazmente. As mulheres devem procurar assistência médica ao notar sintomas iniciais para evitar a progressão do problema.
Adotar hábitos saudáveis e manter um acompanhamento regular, são passos fundamentais para garantir uma boa qualidade de vida.
O mais importante é procurar uma ginecologista especializada ao notar sintomas, para garantir um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.

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